Raphael e a praia

Uma visita e homenagem à Dai

Eu, ainda menina, levava os garotos da vizinhança para uma casa abandonada na minha rua. Eu era a professora e hoje, com muito orgulho, devo admitir que muitos experimentaram sexo pela primeira vez com essa aqui, que vos narra. Mas Raphael – por que com ph não sei. Parece alfabeto dos meus tempos. O Raphael era muito bonito e suas sungas…

E eu ficava sempre a olhar.
Apesar de ter 69 (sem piadinhas, por favor! Respeitem minhas rugas), o tempo me foi condescendente e, o amigo do Pitangui deu uma ajudazinha (meu bolso que o diga!), de forma que, mesmo velha, na gíria de hoje ‘ainda dou um caldo’.

Não que eu arrisque andar pelas praias de fio-dental (tenho ainda ‘sitocômetro’), mas um maiô preto-básico me cai bem.

Rafaelzito (ah, menino!) sempre passeia por Ipanema, de forma que resolvi ‘aquelas bandas assuntar’. As moçoilas de hoje em dia são muito tolas! Homens se conquistam pela cabeça (não propriamente a que enfeita os ombros) e pelo paladar!

Sabendo isso (a idade traz, ao menos, experiência), fui antes ao mercado e abasteci-me do melhor, para preparar o melhor da culinária rápida. Rapazes fortes precisam se alimentar 😉
Preparei, acondicionei e levei comigo para a praia. Sentei-me perto do quiosque, embaixo de um guarda-sol gigantesco.

Quando vi o rapazote passando, fingi-me desconhecê-lo, até que a educação do moço (aliada à fome que sentia), tal qual uma queda de braço, venceu-o e ele me cumprimentou:

– Olá, dona fulana…..

Inteligentemente, respondi, toda educada:

– Olá…dispenso o ‘dona’…quer se sentar?

E ele agradeceu. Claaaro que ofereci o alimento suculento, tencionando que ele desejasse, mais tarde, alimentar-se de outro modo:

– Quer um lanchinho, querido?

Ele, faminto, aceitou:

– Noooosssa! É o melhor lanche que comi em minha vida!

– Ah, isso não é nada, bondade sua!
[como sou dissimulada – até mesmo eu me surpreendi com a ‘jogada’ ?!?!?!]

Conversa vai, conversa vem…fingi profundo interesse com o esporte que ele praticava (surfe….coisa chata!) e ele se surpreendeu com a clareza e interesse que minhas palavras revelavam.

A tarde caiu, ele foi ao mar. Aproveitei e deitei-me de bruços, pois a paixão nacional ainda é a bunda! (salvo grande engano).

Quando voltou, percebi uma olhada de esguela, mas fingi-me de morta (tal qual o abutre, que quer alimentar-se do coveiro).

A noite estava chegando, quando nos despedimos (ah, não reclame! Claro que não foi de primeira! Todo projeto demanda tempo para ser consumado)

No próximo final de semana, repeti a dose. Repeti o interesse, repeti o jogo de sedução.

Aos poucos os olhares ávidos se tornaram mais constantes. E eu com olhar distante, fingindo nada perceber.

– Olha, a senhora me desculpe, mas a senhora ta bem bonitona!

– Imagine, mocinho…..deixe o ‘senhora para lá’.
[hahahahahahaha]

No próximo final de semana, novo ataque. Minha vontade de ferro venceria a pouca tenacidade adolescente.

Então pedi ao menino Rafael (um anjo!) que passasse bronzeador nas minhas costas. Ao que ele atendeu (bom moço!). Ofereci-me para fazer o mesmo, alegando que surfistas, por estarem expostos ao sol, precisavam de maior proteção. Ele aceitou e eu aproveitei!

Dois meses se passaram, neste ‘passa-passa’, até que minhas mãos tornaram-se mais ousadas (juro que contra minha vontade!). E, hora tocavam de leve, hora tocavam forte….deixando transparecer como seriam os demais toques.

O corpo jovem, ávido…não demorou a responder (senti-me tão lisonjeada, que fiquei enrubescida). Mas…vou até o fim nesta parada!

Então começamos a nos encontrar mais cedo, para ele poder me ajudar com o cesto de lanches: nos encontrávamos no elevador, até que um dia, ele estava lotado.

Ele me ‘se encaixou’, dando-me uma ‘encoxada’, e eu empinei o que ainda restava das elevações do glúteo. E ele gostou.

Fomos à praia, mais ‘passa-passa’, mais elogios à minha formosura (me engana, que eu gosto!).

Fim de praia, chegamos a uma construção. Fingi que ouvia um barulho e disse que era melhor que investigássemos (alguém poderia precisar de socorro)….

[Dai, minha querida, conceder-me-ia a honra de – com seu talento – continuar a estória?]

Que a guitarra soe!

Uma visita e homenagem a uma amiga

Por muito, muito tempo,
Perdi amores, perdi sabores,
Por medo do desconhecido,
Por medo de razões ocultas,
Por medo de valores ímpios.

Por muito, muito tempo,
Procurei nos acordes duma guitarra,
Uma canção frenética,
De paixão indelével,
De amor fugaz.

Por muito, muito tempo,
Tive medo de amar realmente,
Aquele amor cálido e plácido,
Complacente…
Aquele amor de quem ama, simplesmente,
Sem necessidade de aventuras e explosões efêmeras.

Por muito, muito tempo,
Dancei ‘rock a billy’
Chacoalhando o corpo,
Chacoalhando a mente,
Sem perceber que mentia,
Que escondia de mim mesma,
O medo de não ser correspondida,
De não ser querida…de ser só amiga.

Imaginava eu,
Que a amizade excluía de vez o amor,
Como se fossem água e óleo,
Enquanto que, na verdade,
O amor é sempre amigo,
Que ele (o amor) só se estabelece entre pessoas
Que se conhecem ‘há anos’,
Que, juntas, fazem ‘planos’…
Mesmo que sejam planos sobre o próximo fim-de-semana
Ou a próxima pizza….

Não sabia (euzinha, euzinha mesma!)
Que o amor não exclui o prazer da paixão a dois,
Mas que ele não é como o desespero da fome de ‘chocolate’,
Mas cálido como o sabor do almoço de domingo….

Desconhecia (euzinha, euzinha)
Que o amor da rotina,
Faz com que queiramos conquistar
Ontem, hoje, a cada dia…
Buscando novas formas de surpreender,
De trazer o brilho no olhar!

Hoje eu conheço
Ou amanhã conhecerei…
[quem sabe o que me reservam os quartos cujas portas tenciono abrir?]
Que o amor real é como uma semente,
Que se planta,
Que se rega,
Que se vê brotar,
Que, quando já crescida
(semente transformada em muda)
Se transporta para vaso definitivo,
Ou para o jardim…que se irá apreciar?

Que tal pequena planta,
Com os cuidados necessários,
Transformar-se-á num belo espécime
Que dará as flores tão desejadas!

Que a orquestra toque,
Que a guitarra soe!
[e que os anjos digam amém!]

by me

Quem quer um amor assim?

Visitando Sociedadez Sonz Anciedadez

Quem quer um amor,

Que seja como as flores do campo:

Que, não obstante morrerem no outono,

Renascem sempre na primavera?

Quem quer um amor,

Mordaz, audaz, cruel:

Que diga não, querendo dizer sim

Que diga sim, querendo dizer não?!

Que, por não querer perder de uma vez,

Resolve maltratar para perder aos poucos,

Sofrendo menos, doendo menos?

Quem quer um amor,

Profundo como um Oceano,

Convidativo como uma praia ensolarada,

Doce como o mel retirado da fava?

Quem quer um amor,

Que, ofendido, não perdoe,

Que machucado, não queira mal,

Que, correspondido, se entregue …e coisa e tal?

Quem quer um amor,

Que não exclua o desejo,

Que o acolha com um beijo,

Satisfazendo a vontade imperativa de corpos ávidos?

Quem quer um amor,

Fértil como terra nova,

Pronta para ser arada e semeada,

Que deseje dar frutos, mesmo que a retirada deles,

Machuque um pouco os galhos?

Quem quer um amor,

Que não meça distâncias,

Que viaje seis horas em bancos desconfortáveis,

Para encontrar braços doces e repousantes?

Quem quer um amor,

Que, acolhendo-te nos braços,

Perdoe seu sono (e a ‘babada’),

Que vigie seus sonhos,

Que ature suas ‘roncadas’?

Quem quer um amor,

Que não se importe com altura, tamanho e peso,

Que, mesmo não acostumada ao excesso de pêlos

Aprenda a amá-los por habitar corpo adorado?

Quem quer um amor,

Que seja fiel até os ossos,

Que seja leal, honesto, decente,

Que queira conquistar a cada dia,

Que ame assim…docemente?

Quem quer um amor,

Que incentive, que tente motivar,

Que, mesmo que ninguém acredite nele,

Você ainda teime em acreditar?

Quem quer um amor assim,

Sempre se permite acreditar!

By me

Saudades!

Eu sinto tantas saudades!

Sinto falta de seus gracejos tolos,

De sua acidez e sinceridade,

Da tempestade de idéias que nossas conversas me causavam,

Da sua calma ao explicar-me coisas que desconhecia,

Da sua bondade, que o levava a fingir profundo interesse em meus textos bobos,

Da pessoa que eu era, que fui…

Alguns amigos carregam consigo parte de nós,

E eu sinto falta da parte que você carregou.

Espero que tenha lhe acrescentado algo em retribuição…

Mesmo que não, saiba que eu sinto falta.

By me

Minha força

Minha força
Não está em jogos-de-poder,
Ou na guerra dos sexos,
Na competição por parceiros,
Ou em quaisquer lutas com terceiros;

Não está em usar minha capacidade de liderança
Para espúrias tentativas de manipulação da vontade alheia,

Não está em ‘beicinhos’ ou no ‘bater de pezinho’,
Próprio de crianças mimadas,
Nem em chantagens emocionais ou sexuais,
Que algumas mulheres adotam;

Minha força reside,
Na capacidade na paixão avassaladora,
Na tempestade erótica que arranca árvores das raízes,
Na capacidade de entregar-me loucamente,
Na capacidade de amar incondicionalmente,

Está ela em minha feminilidade,
No instinto materno que me impulsiona o cuidar,
Na dedicação que me faz capaz de fazer feliz
Quem quer eu esteja ao meu lado….

Minha força
Está em também em meu profissionalismo,
Que me torna independente, capaz de prover-me
Libertando-me da necessidade instintiva de buscar num parceiro um provedor,

Libertando-me, liberto também eles,
Da duvida de serem queridos ou de ter-me ao lado por interesse,
Meu único interesse é o amor!

Está em meu intelecto,
Em minha capacidade de aprender
Reter e processar informações,
Está na práxis: ato de transformar o conhecimento
Que me faz, ao mesmo tempo:
Mulher emotiva e racional.

Está na minha vontade
Que me faz querer, desejar
E lutar pelo que desejo em todos os campos de minha vida,
Em minha consciência de que não posso ter tudo o que quero,
Mas de querer tudo o que tenho,

Que me faz querer quem me quer,
E até mesmo desistir e ‘dar um pé’,
Se eventualmente não houver reciprocidade…

Está em minha fé,
Fé em mim mesma
Por ter plena e completa consciência de meu valor
Que me faz valorizar também quem está comigo (você, Docinho),
Que me faz querer ajudá-lo a desenvolver suas potencialidades,
Para que cada dia mais sejas um ser humano completo, feliz.

Está ela na esperança,
Que me faz sempre dar uma chance,
À mim mesma, aos parceiros, aos amigos,
Na fé que todos foram, são ou serão tão íntegros quanto eu,

Pois tenho visto pelo Mundo,
Exemplos terríveis de iniqüidades,
De desonra, de mediocridade,
Tenho percebido que tenho mais honra num único fio de cabelo,
Que várias pessoas têm em seu corpo inteiro,
Mas tenho fé que o panorama pode sempre mudar,

Eu sei quem eu sou,
Sou ousada,
Sou honrada,
Sou corajosa,
Sou leal,
Sou formosa!

E por certo sei que não sou a única,
Mas que somos raros,
E, sendo raros, não podemos desistir,
Pois todos podem evoluir, mudar, abandonar o erro, a ilusão
E a mantença de nossa honra pode inspirar outrem…

Sou tudo isso, eu sei,
Sei ainda que sou mais um pouco,
Que sou capaz de atos grandiosos em prol de amigos,

À quem dedico afeto e carinho,
Por quem seria capaz de lutar para proteger,

Sou mais um pouco:
Sou presente,
Sou benevolente,
Sou decidida,
Sou amável…

A modéstia….?
– puff…..desculpa de incompetentes
(assim disse o Nelson, Rodrigues)

Valorize-me que te valorizarei,
Ame-me e eu te amarei,
Honre-me e te honrarei,
Aos amigos, aos amores: tudo!

Aos inimigos, meu mais profundo desprezo,
Meu mais profundo asco,
Minha mais profunda pena……

> Coitados! <

Sou o ferro forjado em fogo ardente,
Sou o aço que permite o desenvolvimento,
Sou os ventos que movem moinhos,
Que insuflam velas, que permitem a navegação,
Sou Pégasus: forte, livre, indomável…
Mas que permite a doma, se o objetivo é nobre
(como derrotar a Quimera)
Eu sou o raio, sou o relâmpago e o trovão,
E posso ser, o ouro em seu brasão.

Lembro de um poema que li quando criança:

Força é saber amar de forma doce e constante,
Com o encanto de rosa alta na haste
Para que o amor, se ferido, não se acabe,
Na eternidade amarga de um instante

Que resumo na sentença:
Força é saber amar!

E isso….eu sei!

by me

As quatro operações

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil

by Clarice Lispector

Quantas perguntas…!

Visitando…
Tantas perguntas, por onde começar?

Um breve momento..
O que é a vida, se não um conjunto de momentos felizes?
Cada momento único,
Capaz de se perpetuar,
se não se perpetua,
perpetuam-se as lembranças
em nossos peitos ofegantes,
‘inda que distantes!

Lágrimas….
de dor,
de prazer,
de alegria,
de vergonha.
Se são compartilhadas,
são elas um tocar de almas,
‘inda que não gêmeas,
‘inda que heterogêneas.

Pecados….
Céticos não pecam,
erram, tropegam, trafegam,
‘inda que suspensos os julgamentos,
são capazes eles de sonhar.

Coração…
apenas um orgão,
ou emissário dos deuses?
apenas um pedaço de carne,
mas que ainda sangra,
que sofre,
que geme,
que sente aperto!

Ambições….
seriam elas maléficas,
ou antes aptas a nos encorajar?

Intenções…
será mal querer,
será mal desejar?
Ou tencionar algo agora equivale a maldar?
Intenções moldam ações,
impulsionam rumo aos sonhos.

Sofrimento…
é o sabor do vento,
apenas mais um sentimento,
que dá sentido ao gozo,
ao frênito,
ao prêmio final que é amar.

Solidão…
Só está só quem não se permite amar,
quem teme a vida,
quem abdica,
por medo de perder,
por medo de errar.

by me

Re-ato

Reatados os laços,

Quero reforçá-los, com todo o afeto e compreensão que tiver…

Reforçados os vínculos,

Não vejo a hora de apertá-lo, em meus braços……

Mas a cena do próximo capítulo,

Quero que seja encenada em outro cenário,

Um novo ato, que reforça os atos, um reato, que reatualiza os sistemas,

Corrige as falhas, melhora a performance….

Último suspiro

Por primeiro:
Amei com relutância,
Venci a distância,
Agi com liderança….

Então:
Entreguei-me com doçura,
Entreguei-me com loucura,
Entreguei-me por inteiro,

Busquei construir pontes,
Que não foram atravessadas…
Construí estradas,
Que não foram rodadas…

Por azar:
A distância que busquei diminuir,
Buscava você aumentar,
Espaços vagos … preenchi,
Buscou você me impedir
[sabotagem?]

Por último:
Foi o último suspiro,
O último amor inacabado,
O último gozo,
De orvalho que molhava relva seca….

Foi o último acorde,
De instrumento refinado;
Na última orquestra,
Naquele teatro apresentada….

A última película,
Dum cinema já fechado;
O último beijo,
Duma amante apaixonada;
O último choro,
Dum coração dilacerado;
O último grito,
Duma tristeza enclausurada;
O último cheiro,
Dum perfume derramado;
O último néctar,
De flor outrora bela,
Agora murcha, morta!

A última carta devolvida,
Com carimbo:
Destinatário ausente/recusado;
O último blefe,
De jogadora inexperiente, falida…
O último sonho,
De noites agitadas,
O último bombom,
De caixa agora esvaziada;
A última valsa,
De dançarina extenuada;
O último frêmito,
Dum corpo quente/agoniado;

Último:
Como o cigarro de cigarreira esvaziada…
Frevo, de quarta feira acizentada….
Natal: papai-noel aposentado!

Quis ser sua amante,
Amada, amiga….

Mas você não está pronto,
Não se entrega:
Por não querer,
Por não poder,
Por estar desmotivado!

Se paixão/amor não te motiva,
Que força poderia?

Ou não me tens amor
[apesar de assim chamar-me]
Ou o amor não te fascina….

Quaisquer que sejam as respostas,
Não posso eu mais aguardá-las:
Não tenho tempo,
Pois todo o tempo,
Pode ser o último….
Último grão de areia a escorrer,
Numa ampulheta já usada!

by me

Tu és…


Meu doce italianinho (meu leozinho) me disse:

Você foi a melhor coisa que me aconteceu

Digo eu a ele:
Você é o melhor doce que experimentei,
É como o mel, néctar extraído das flores,

Você é minha pelúcia mais querida,
Que afago, que me aconchega;

Você é meu Dom Quixote,
Sou eu sua Dulcinéia;

Você é meu Zeus,
Sou eu sua Hera;

Sou como Cronos,
Quero te devorar por inteiro;

É você meu Posseidon,
Sou eu a onda que acaricia a terra;

É você meu estandarte,
Sou e a bandeira nele hasteada,

É você a sinfonia,
Sou eu o melhor acorde de instrumento refinado;

É você o pão,
Sou eu a geléia que lhe adoça a existência;

É você o soberano,
Na terra desta rainha,

É você o orvalho noturno,
Sou eu a folha que ao cair, acaricia;

Se as semanas lhe são penosas,
Torno e tornarei o fim delas sempre prazeiroso;

Quero tornar teus dias felizes,
Teus pesos menos insuportáveis,
Tua vida mais feliz,
Teus caminhos mais suaves,

Já estou com saudades…!