Meu coração está dilacerado,
Pela marca da derrota,
À cada sonho que morre,
Um pedaço de nossa carne se vai,
Nada é mais duro,
Do que uma escolha,
Pois escolher um caminho implica,
À renúncia de outro,
Se sofro por haver escolhido,
Sofro mais por haver renunciado,
Alegro-me por algo ter mantido,
À cada renúncia, sofro um pouco,
À cada renúncia, cresço um pouco,
O que fui ontem difere do que sou hoje,
O que sou hoje diferirá do que serei amanhã.
Prof Gasparetto said,
março 14, 2008 às 2:32 pm
O que queres que eu te diga???
Dilaceras o meu, nos teus distanciamentos…
O que queres que eu te diga????
Bifurca-me simplementes entre silêncios e distâncias…
O que queres que eu te diga???
Que meu sofrimento me torna ambiguo aos teus sofreres????
O que queres que eu te dia????
—–
Réplicas de um Adeus Indesejado
Chove! E é muito forte!
Ouve-se no rádio no canto da sala
Mozart ritualizando nossos paços…
Ouve-se no rádio Mozart, sem canto!
Vi muitas chuvas
Ou eram lágrimas?
Umedeceram meus olhos os teus…
Diante desta chuva tão forte
Invado teus aposentos
Zero as nossas brigas
Evito as lembranças em preto e branco
Registradas no canto do espelho…
Queria não poder chamar tua atenção!
Uma vez que chovi de remorso
enquanto tu silenciavas minha partida!
Tudo tinha um propósito:
Encarcerarmo-nos em nosso um quarto e meio!
Antes da chuva
Muitas águas rolaram
Oraram e ficamos no silêncio somente!
Silêncio que nos trata em conta-gotas…
Espelhos? Fotos? Marcas de baton no corpo (no copo…)?
Neguei a chuva em teu rosto
Enxuguei as tempestades naquele copo!
Mergulhei no arrependimento!
Olhares me perdem na saudade…
Queira não poder chamar tua atenção!
Um vez que a chuva
Encontrou um fresta em meu telhado!
É! Meus tormentos roubam tua paciência…
Antes da chuva
Meditei em tuas palavras:
“-Ainda que tu me abandones
Reservar-te-ei um perdão!”
Ouço Mozart!
Um dia te amei de verdade!
Ontem te amei com saudades!
Queria não poder chamar tua atenção!
Um dia te amei em noturnos meus…
Eu pensei que me amastes…
É! Os meus tormentos…
Ainda me amas???
Me respondas então:
Ouvimos ou não Mozart?
Retires então o que me sobra desta tormenta!
(Mar: 13, 2008)
——-
Que eu possa renunciar o silêncio e as manobras que o silêncio esboça neste caminho, onde estou sentando à margem, aguardando tua carona somente!
____
Ainda te leio!
Dom Gaspar I
bigsplash said,
março 14, 2008 às 2:37 pm
No creo que las palabras de “Bifurcação”, no tenga sentido, por el contrario creo que están en el camino perfecto, siguiendo la ruta de San Francisco, extraordinario poeta, místico y fundador de la Orden Franciscana, quien con su oración de la Paz, delineó la ruta certera hacia la pastura eterna:
Oh, Señor, hazme un instrumento de Tu Paz .
Donde hay odio, que lleve yo el Amor.
Donde haya ofensa, que lleve yo el Perdón.
Donde haya discordia, que lleve yo la Unión.
Donde haya duda, que lleve yo la Fe.
Donde haya error, que lleve yo la Verdad.
Donde haya desesperación, que lleve yo la Alegría.
Donde haya tinieblas, que lleve yo la Luz.
Oh, Maestro, haced que yo no busque tanto ser consolado, sino consolar;
ser comprendido, sino comprender;
ser amado, como amar.
Porque es:
Dando , que se recibe;
Perdonando, que se es perdonado;
Muriendo, que se resucita a la
Vida Eterna.
__________________________________________________
Congratulaciones por el blog y gracias por compartir Bifurcação.
Prof Gasparetto said,
março 29, 2008 às 1:40 pm
Molduras Envelhecidas
I
A tristeza me invade
perguntei aos meus tempos
se sobravam-me alguns…
Já perdi meus encontros
escalei muitos muros
procurando um talvez…
Desisti das angústias
que levaram meus tempos
sem saber responder…
Te teci em Photoshop
construindo olhares
que pudessem me ver
II
Afina, só Deus sabe
que as cores desbotam
ao sentirmos u’a dor!
Me perdi nos perdões
que tivemos tão juntos
foram sofreguidões!
Tua ausência me invade
percorrendo na alma
teu perfume sincero…
Quadro-a-quadro te vejo
a me olhar tão distante
sou apenas despejo!
III
Estilhaços fizemos
dos vitraux que fizestes
com um tema de amor!
Eu cortei tua alma
com palavras disformes
simplesmente pequei!
Quero ser teu escravo,
teu bandido, teu rastro,
e prendê-la em manhas…
Uma dor me castiga
pelas noites remorsos
tua ausência me inflama!
IV
Lamentei ter içado
ao teu mar tempestades
e me afogando em praias!
São teus olhos que dizem
que meu tempo é tão pouco
e não tenho mais u’a chance…
Esperei muitos anos
debruçado no livros
pra encontrar teu caminho!
O meu sonho acordou
o lençol está no chão
procurando nós dois!
V
Outra noite, outr’insônia
fiz café sem açúcar
eram tempos assim…
‘inda sinto em meus braços
teu calor, teu suor,
tua música em mim!
Tem luar convidando
numa noite serena
não te tenho notícias!
Minhas noites me estranham
filmes trazem tua imagem
nunca chego ao fim!
VI
Precisei muitas vezes
jogar os travesseiros
que sobravam na cama…
Quando tinha saudades
resgatava-os inteiros
e enfim eu sonhava!
Precisamos de um tempo
prá calar as intrigas
que nos deixam tão sós!
Tá chegando o outono
nem as folhas conseguem
fixarem-se no chão!
VII
Peço à Deus que permita
que as cartas te encontrem
e que possam falar!
Foram quatro estações
que vivemos tão únicos
apesar dos pesares…
Já andei solidões,
caminhando nas ruas
nem sequer eu te vi!
Mas eu tenho a certeza
que esta tal de tristeza
Rita Costa said,
abril 2, 2008 às 4:53 pm
Estou encantada com a beleza dos poemas, a sensibilidade aqui é algo gritante nas palavras. Parabéns! Bjus de Alma