Liberdade e escolha

correntes

Inspirada no texto de minha amiga Cintia ‘Nas asas da borboleta

Liberdade,
Escolha….
Escolho…a liberdade?
Como, se alguns grilhões são tão doces?
Se sou como abelha, voejando em torno do doce contido nos grilhões?

Corremos todo dia em busca da felicidade,
Será que ela coexiste com a liberdade?

Pois vejo na felicidade, também grilhões;
quase tudo que me faz feliz, de certa forma também me prende:
a família, os amigos, o trabalho, os amores…

Tudo sempre faz com que não façamos o que nos dá na veneta,
estamos sempre colocando pesos na balança,
os contrapesos são muitos,
a liberdade é ter escolha….

Ainda assim,
Após pesar os termos,
esta escolha fica difícil….

Pois cada escolha equivale à uma renúncia,
E quem quer renunciar ao que quer que seja?

Não, queremos tudo,
tudinho,
em letras garrafais, nada miudinho….

Queremos a família, os amigos, os amores,
mas queremos liberdade completa,
queremos ter escolha…..

Podem elas coexistirem? A liberdade e a felicidade?
Creia no que quiser: é sua, a escolha.


Renúncia

golfinho

Estive pensando….pensar é um mau hábito que não consigo abandonar,
Será o nosso amor um amor de verão? Daqueles que têm prazo de validade,
Prestes a acabar?

….

E queria que não; queria que perdurasse,
Que durasse não só o tempo de um beijo,
Não só conforme o desejo,

….

forever ande ver; é o que queria…
mas meu querer não muda as coisas,
meu querer não é o suficiente para fazer com que perdure,
meu querer é insuficiente para mantença das coisas….

ah, Zeus! Quero tanto um amor incondicional,
um amor que dure até ficar velhinha,
até ter osteoporose,
te que ele tenha problemas de ereção (rsrs)….

Não quero SÓ um amor de verão!
Sei que o mundo está repleto de ‘piriguetes’, de ‘lanchinhos’….
Sei que os homens – a maioria – não resistem a eles;

Todavia, não é o que sonho,
Sonho com um amor de verdade,
Que minha renúncia a todos os demais,
Tenha reciprocidade – que você também renuncie a todas as outras….

Será possível?
Seria possível num mundo como o que temos?
Será que existem homens capazes de tal renúncia?
Será que existe tal homem?
Será que você é um deles?

Não sei….
Odeio não saber algo….
Queria uma certeza:
Que estás comigo como estou contigo;
Porém, tal certeza sei que não terei,
Ao menos por hora….

E a cada hora que passa,
Sinto-me mais cauterizada,
Sinto que meu coração,
Tantas vezes despedaçado,
Está a entregar as armas,
Desistir….

Por mais que eu goste,
(creia-me: gosto de ti!)
sei que jamais poderia aceitar
ser apenas uma…

não quero sobras,
quero tudo!
Quero sempre, tudo!
Quero um amor permanente,
Poder vislumbrar um futuro….

Poderia eu ter isso contigo?
Estarei no seu coração,
Como está você no meu?

Falei de ‘piriguetes’ e ‘lanchinhos’,
Às vezes invejo mulheres assim…
Que levem a vida na brincadeira,
Que não tenham problemas em brincar,
Com os corações alheios,

Queria ser mulher fatal,
Daquelas que conquistam o território,
Para abandoná-lo em seguida,
Creio que seria mais fácil,
Mais leve, menos doloroso…

Muitas vezes odeio quem sou,
Odeio ser COMO sou,
Tão séria,
Sentimental,
Tão….entregue!

Queria poder ser desonesta,
Mentir sem sentir dor
(na consciência),
fazer os homens ‘gatos e sapatos’

Mas não SOU,
E aprendi que é defeso à qualquer um,
Forçar nossas naturezas…

Tenho de aceitar o quê e como sou,
Quando amo, amo por inteiro,
Quero por inteiro,
Sou exclusiva e quero o mesmo…

Como conviver com isso,
Se por toda parte que olho,
Vejo pessoas que não enxergam as outras,
Que só perseguem seus próprios interesses,
Que sói pensam em si mesmas,

Que fazem da paquera um esporte,
Independentemente do dano e dor que possam causar a outrem….

Não faço isso,
Todas as vezes que flertei por tempo constante,
Me apaixonei e sofri…

Não quero mais sofrer,
Não quero mais morrer por dentro
À cada relacionamento frustrado….

Seria você capaz do mesmo?
Não sei….
E odeio ignorar algo!

Se quer todas as outras,
Renuncie a mim;
Se quer a mim,
Renuncie a todas as outras.

Pra mim,
TEM de ser assim…..

:::::::::::::::::

ET: não acredito que muitas pessoas leiam essas coisas que escrevo; jamais fui boa com as palavras, aqui escrevo o que sinto, sendo prolixa, meus sentimentos são confusos, tal qual a portadora do coração.

Sou o que sou; não nego a mim mesma, se até meus sentimentos refletem a confusão de meus sentimentos, tua escolha é aceitar-me como sou, ou abandonar-me; gosto de mim, apesar dos defeitos que carrego em minha ‘cruz’.

Nunca me intitulei ‘poeta’, não esperem muito de mim; escrevo o que sinto, e fim!


Henry & June?

listradinho

Henry Müller não amava Anais Nïn,
Ou amava, mas uma espécie de amor tão-somente carnal;
Não era aquele amor,
Que sói mulheres sonham,
Que sói nós mulheres queremos,
Que só por ele ardemos,
Este, Henry sentia por June….

O amor contemplativo,
O amor emotivo,
O amor sonolento,
Modorrento,

À Anais restavam sobras,
Restava apenas….desejo,
Daqueles que não prescindem de beijos,

Que azar o da Anais,
Que sorte o da June,
Ou seria o inverso…?

Penso que o melhor seria,
Experimentar a soma dos dois:
O amor-emotivo,
O amor-desejo,
Tudo selado com vários beijos,

Vi no blog de duas meninas a imagem do post e me inspirei:
Quero um amor listadinho,
Mas quero também um amor que me dê calor,
Daquele que Maria Moura sentia por Cirino,

Quero um amor-perfeito,
Acho que disso, só terei a flor….
E se EU comprar, bien entendú!

‘Tem problema não….
o perfume dela, ficará em minhas mãos.