Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

by Clarice Lispector

O engano foi temporário

maeefilho

Sempre desejei ter vivido na época dos grandes descobrimentos,

Nem era preciso que fosse um capitão,

Tal qual Fernão de Magalhães ou Cristóvão Colombo,

Bastava-me ser um marinheiro,

O importante era poder sentir a experiência da navegação,

Da descoberta de mundos inimagináveis,

Navegar por mares nunca dantes voejados,

Hoje fui agraciada com essa sensação,

Sem que para isso fossem necessárias máquinas mirabolantes do tempo,

Nenhuma máquina como a do filme ‘back to the future’;

Hoje sei o quanto era ignorante,

O quão pouco conhecia…..

Achava que a concepção fosse algo….esdrúxulo,

Algo ‘bonitinho’, sem sabor, sem sentido,

Que fetos eram espécies minimizados de parasitas,

Que se alimentavam de seus hospedeiros

Não só durante a gravidez,

Como também a vida toda,

Achava que a experiência de ter filhos

Era supervalorizada,

Aprazia-me ver os filhos alheios,

Amava fortemente meus sobrinhos e priminhos,

Sem saber o quão grandiosa e poderosa é

Tal experiência…

Hoje eu sei quão tola fui,

Percebi que há uma grandiosa diferença

Entre saber-se grávida por meio e exames laboratoriais,

E Ver e Ouvir aquele pequeno ‘bonequinho’ dentro da gente….

Por Zeus! Foi fantástico!

Foi soberbo ver as perninhas e bracinhos,

O tórax e a cabecinha,

Ouvir aquele som estrondoso do coração!

Sensação ímpar, inigualável….

Agora eu sei,

Que tudo o que fui será mudado,

Não sou mais Fátima Tardelli

Não mais só Fátima Tardelli,

Sou a Fátima Tardelli que será mãe do Giuseppe ou Beatrice,

Sei que tudo o que pensava/sentia sobre o mundo

Será visto por diversos outros prismas,

Como se olhasse por meio de um caleidoscópio,

Sei que o que eu pensava ser o amor,

É tão pequeno se comparado ao que é

Esse NOVO tipo de amor,

Agora eu sei o que é,

Vislumbrar o futuro pensando em outrem,

Planejar o presente,

Pensar no passado…

Tudo muda,

Tudo diferente,

A Fátima que eu fui até hoje,

Meio que ficou esvaecida,

Parece uma carta amarelada,

Um tosco esboço do que me tornarei,

Não tenho medo,

Não tenho dó do que supostamente possa ter perdido,

(a liberdade completa, p.exemplo),

Sinto-me mais forte,

Mais equilibrada,

Mais tudo….

Fico imaginando,

Tudo o que quero ensinar para meu filho/a

Tudo o que quero dizer a ele,

Como quero ensinar que ele/a tem de ser honesto,

Por ser a honestidade uma obrigação, não uma qualidade,

Que ele tem de ser justo,

Por ser a justiça um ideal a ser alcançado,

Que ele tem de ser bom,

Para atender a um impulso interno de seu coração,

Não por medo do julgamento alheio….

Quero ensiná-lo a amar os livros,

A viajar por meio deles,

A sonhar, ao lê-los,

Quero ensiná-lo a enxergar a natureza,

E como ela ajusta tudo de forma maravilhosa,

Quero ensiná-lo a ter pensamento crítico,

E não se deixar levar por miragens,

Quero contar a ele estórias de grandes homens:

Carl Sagan,

Galileu,

Copérnico,

Newton,

Stephen Hawking

Richard Dawkins,

E tantos outros mais,

Quero ensiná-lo a olhar as estrelas,

E enxergar que elas são mais do que luzes bonitas

A enfeitar um céu noturno…

Que são elas vislumbre de um universo grandioso

Maravilhoso, digno de ser respeitado,

Quero ensiná-lo que o que cada homem/mulher

Deste planeta é, é resultado de tudo o que cada homem/mulher

Que já viveram neste planeta foram…

Que somos resultado de todo o conhecimento que a Humanidade acumulou…

Quero ensiná-lo matemática, português, literatura, história, geografia, filosofia, música…

Quero ensiná-lo a olhar as pessoas nos olhos….

Quero ler livros para ele,

Assistir documentários,

Jogar xadrez,

Andar de bicicleta,

A nadar,

A correr,

A brincar com os cachorrinhos,

A ouvir música erudita e rock,

Quero ensiná-lo a abraçar,

Para que ele me presenteie sempre,

Envolvendo meu pescoço

Com seus braços pequeninos.

Meu bebê….saiba que eu quero muito você!

Uma parte de mim morre um pouco, todos os dias….

Estou mudando. Aos poucos, lentamente…mas estou. Não creio que para melhor; mais realista, menos sonhadora; mas não melhor. O mundo que eu desejava para mim mostrou-se ser inviável. Era um mndo bonito e ressinto-me de estar desistindo dele….

Liberdade e escolha

correntes

Inspirada no texto de minha amiga Cintia ‘Nas asas da borboleta

Liberdade,
Escolha….
Escolho…a liberdade?
Como, se alguns grilhões são tão doces?
Se sou como abelha, voejando em torno do doce contido nos grilhões?

Corremos todo dia em busca da felicidade,
Será que ela coexiste com a liberdade?

Pois vejo na felicidade, também grilhões;
quase tudo que me faz feliz, de certa forma também me prende:
a família, os amigos, o trabalho, os amores…

Tudo sempre faz com que não façamos o que nos dá na veneta,
estamos sempre colocando pesos na balança,
os contrapesos são muitos,
a liberdade é ter escolha….

Ainda assim,
Após pesar os termos,
esta escolha fica difícil….

Pois cada escolha equivale à uma renúncia,
E quem quer renunciar ao que quer que seja?

Não, queremos tudo,
tudinho,
em letras garrafais, nada miudinho….

Queremos a família, os amigos, os amores,
mas queremos liberdade completa,
queremos ter escolha…..

Podem elas coexistirem? A liberdade e a felicidade?
Creia no que quiser: é sua, a escolha.


Jovem bardo: meu amigo

calvin1p

Existem algumas pessoas que sáo únicas; existem algumas pessoas que são realmente especiais. Dentre estas, existe uma que, não obstante estar longe, é um dos melhores amigos que eu tenho. Pensar nele enternece meu coração. Tem ele uma longa caminhada a fazer; neste cenário feio, obscuro e fétido que o mundo tem se tornado; é ele um lufar de perfume que o vento traz; é ele uma flor solitária num jardim de ervas daninhas. Meu querido jovem bardo, eu realmente, adoro vc. Muito obrigada!

Eu já….

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade… Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que vou dizer:
– E daí? EU ADORO VOAR!

by Clarice Lispector

<esse é procê, Aline!…e prá mim também! Acho que ambas fomos retratadas)

Ampulhetas

Recebendo a visita de: Sociedadez Sonz Anciedadez

 

I

Há muito tempo, tudo o que quis for ser beijada,

E ainda quero…

<beijos intermináveis, até que os lábios mudem de cor>

Mas só meus lábios não produzem beijos,

Homens vivem,

Mulheres planejam?

 

Há muito tempo, havia em mim ingenuidade,

Era então só ‘sorrisos’,

<pergunte às flores do caminho>

Mas minha fé ingênua foi cruelmente morta,

Derramei rios de lágrimas,

Cravei minhas unhas nas palmas das mãos,

E nisso fiquei absorta,

 

Socorri-me de força de vontade,

De auto-domínio para poder suplantar

Para poder suportar,

Para poder vencer

 

Mas isso foi há muito tempo….

 

II

Todos os dias preciso de afeto,

Minha natureza delicada assim o exige,

Insinuaram que era doente,

Insinuaram que ‘precisava de ajuda’

Meus presentes, frutos de meu coração,

Foram tidos como moeda de escambo,

Transformaram-me em mera mercadora,

Trataram-me como mera mercadoria!

 

Imputaram-me vilania,

Mas isso,

Foi há tanto tempo!

 

III

Dói-me saber que fiz

Juras de amor tão sinceras,

Juras de amor pouco austeras…

Amei e, querendo ser amada,

Fui SÓ desejada…

Homens desejam,

Mulheres amam.

 

Há muito tempo,

Havia inspiração,

Enternecia-me com a música,

E, até mesmo….com a cor do céu!

Mas isso,

Isso foi há muito, muito tempo!

 

 

IV

Em dado momento perdi a fé,

Perdi esperança,

Morri um pouco….

Cartas voltaram, com carimbos:

– Ausente,

– Recusado,

-Morto

Então morri um pouco….

 

Se buscasse apenas a satisfação da carne,

Encontraria em qualquer esquina,

Em qualquer rosto….

Homens desejam amantes,

Mulheres desejam Amados!

 

Quanto tempo faz?

Faz tempo demais!?

 

 

By me

Da busca infrutífera, da dor da procura

Visitando um amigo lembrei de certa ocasião em que um poema dele recordou-me aspecto de minha vida pessoal. Na ocasião ofertei um comentário em forma ‘poesia’ (piada, não sou boa com as palavras!). Isso ocorreu em março p.p. Desde então minha vida mudou. Algo em mim morreu (um amor insatisfeito), algo em mim nasceu (a esperança), algo em mim permanece em dúvida: será real a mudança? Enfim….continuo vivendo, caminhando.

I

Minhas cartas foram escritas, mas não postadas,
Temo a resposta do destinatário,

Meus verões tornaram-se invernos,
Tão triste é minha solidão,

Está meu coração para sempre marcado,
Marcas não comerciais, marcas estranhas, ininteligíveis e indeléveis.

Não há mais púlpito,
Não há mais público,
Não há mais a quem converter!

Meus armários….vazios!
Estou nua, desnudastes minh’alma…

Equinócios se seguiram sem teu retorno,
não vejo flores, não vejo folhas, não vejo sol, só invernos!

Gastei minha fortuna, meu soldo,
à tua procura….
Milhares de guinéus se foram em recompensas,
nenhuma resposta que me indicasse o caminho!

Orei à Deus,
Aos santos, às virgens,
pedi à dinvidades, deidades.
Nenhuma resposta….chorei, desisti!

II
Longe da bainha.
Abandonastes a peleja.
Foi ela sussurrada, ficou agora sem sentido.
Está ela arada, à espera do semeador

Roma tem vários caminhos,
A estante só tem dois livros.
Doces grilhões as prenderam,
à distância, contemplando…

III
Presos na garganta.
Fechadas neste inverno.

que louca ciranda!

IV
Vide supra: eis tuas respostas.
Enviei cartas (2)
sem obter respostas!

V
Venha a mim que te curo,
Chegue aqui que te amo,
Volte a mim que te ressuscito,
Pouse em mim que te cuido!

O navegante encontrou a ilha,
seduziu a índia,
tomou a terra,
fez nela sua morada,

depois foi ele seduzido por nova estrada,
abandonou o que tinha, apostou o que não podia,
perdeu tudo numa jogatina, numa mão do carteado!

VI
flutuando ao vento, à procura de teu olfato,
vislumbrando o horizonte, em busca de certa embarcação,
chagas abertas no peito, a dilacerar um pobre coração atormentado!
Onde estão os hilários ciúmes?
A terra não navega, desconhece os mares!

VII
Palavras emprestadas:
Estar junto não é estar ao lado,
É estar do lado de dentro.

by me

Não esqueço, porém, determinado Teorema.

Ohhhhhh…terei ficado ‘esperta’?  😉

Correioooooooo!!!!

Lendo: Recanto das Palavras ‘Ainda te escrevo’

Escrevemos por não esquercemos,
não esquecemos o querer,
não esquecemos o gostar,

Mas as cartas, teimosas,
tendem a voltar,
quando voltam, entristecem,
Carimbos dos correios:
– Recusado,
– Destinatário ausente,
– Destinatário morto!

Então morremos juntos,
um pouco….

Tendemos a sofrer,
a não aceitar
Que morte é bem-vista?
Que morte é bem-quista?

E, quando a dor fica quase insuportável,
por vezes recebemos presentes…
Recebemos recados,
Recebemos cartas,
de remetentes desconhecidos.

Então, respondemos,
entre temerosos e curiosos,
entre deliciados e desconfiados…

Então o curso do amor continua,
num eterno ciclo de amar-sofrer,
sofrer-amar, perder-ganhar….

E os correios continuam tendo serventia!

Ouvindo:

Ufaaa…!

 aflor.jpg

Agora já passou….
Mas por esses dias tive medo,
Fazia tempo que isso não ocorria,
Já estava desacostumada…

Senti novamente aquele sabor amargo,
Aquele frio a percorrer a espinha,
Aquele aperto no peito,
Nó na garganta…

Minha pequena ficou muito doente,
Olhar aquele pescocinho magro,
Ouvi-la tossindo e chorando de dor,
Sem, no entanto, conseguir dizer onde doía…

Ah, como doía!
Doía em mim, eu meus pais,
Na minha irmã (mãe da pequerrucha)…

Mais difícil, no entanto,
Foi fazer-me, fingir-me forte,
Não podia chorar,
A prioridade não era minha,
Meus ombros tinham de estar disponíveis,
Para receber as lágrimas dos outros…

Levá-la ao médico,
Saber da necessidade de internação
(1,5 anos! Por Zeus!)
Tudo isso me deixou com uma angústia,
Com o peso da impotência…

Ah…! Sei que isso é comum,
Que dezenas de milhares de lares,
Ou passam por isso neste momento,
Ou passaram,
Ou passarão….!

Mas temos nós a ilusão da eternidade,
Fiquei imaginando se fosse ela minha filha,
Como me sentiria?
Como seria?
Ao pedir calma à minha irmã (mãe da Dudinha),
Levei na ‘cara’ um: ‘você não é mãe…’
Tá…. eu SEI disso,
Mas ser tia/tio, não é como experimentar,
Em certa medida,
O mesmo sentimento da paternidade/maternidade?
Como poderia eu sentir mais,
Amar mais, do que amo meus sobrinhos (Fê e Duda)?
Claaaaro que não levei a mal,
Sei que as palavras de minha irmã eram frutos de sua angústia….

Só agora escrevo neste espaço,
Somente tal me permito por considerar que o perigo já passou,
Mas no canto dos meus olhos,
Posso vislumbrar que a morte está à espreita,
Não agora, Não hoje,
Mas ela, por fim, vencerá…
Levando consigo os que amo,
Ou levando-me antes….sei lá….

É o ciclo natural da vida,
E não me entristeço….
Me aborreço ou me revolto,
Só sinto a dura realidade,
Só senti um pouco das palavras do poeta:

“…a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto, do filho que já morreu…”

Pois creio que nada deve ser mais terrivelmente dolorido do que isso.

::::::::::::

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.”

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