Uma parte de mim morre um pouco, todos os dias….

Estou mudando. Aos poucos, lentamente…mas estou. Não creio que para melhor; mais realista, menos sonhadora; mas não melhor. O mundo que eu desejava para mim mostrou-se ser inviável. Era um mndo bonito e ressinto-me de estar desistindo dele….

Renúncia

golfinho

Estive pensando….pensar é um mau hábito que não consigo abandonar,
Será o nosso amor um amor de verão? Daqueles que têm prazo de validade,
Prestes a acabar?

….

E queria que não; queria que perdurasse,
Que durasse não só o tempo de um beijo,
Não só conforme o desejo,

….

forever ande ver; é o que queria…
mas meu querer não muda as coisas,
meu querer não é o suficiente para fazer com que perdure,
meu querer é insuficiente para mantença das coisas….

ah, Zeus! Quero tanto um amor incondicional,
um amor que dure até ficar velhinha,
até ter osteoporose,
te que ele tenha problemas de ereção (rsrs)….

Não quero SÓ um amor de verão!
Sei que o mundo está repleto de ‘piriguetes’, de ‘lanchinhos’….
Sei que os homens – a maioria – não resistem a eles;

Todavia, não é o que sonho,
Sonho com um amor de verdade,
Que minha renúncia a todos os demais,
Tenha reciprocidade – que você também renuncie a todas as outras….

Será possível?
Seria possível num mundo como o que temos?
Será que existem homens capazes de tal renúncia?
Será que existe tal homem?
Será que você é um deles?

Não sei….
Odeio não saber algo….
Queria uma certeza:
Que estás comigo como estou contigo;
Porém, tal certeza sei que não terei,
Ao menos por hora….

E a cada hora que passa,
Sinto-me mais cauterizada,
Sinto que meu coração,
Tantas vezes despedaçado,
Está a entregar as armas,
Desistir….

Por mais que eu goste,
(creia-me: gosto de ti!)
sei que jamais poderia aceitar
ser apenas uma…

não quero sobras,
quero tudo!
Quero sempre, tudo!
Quero um amor permanente,
Poder vislumbrar um futuro….

Poderia eu ter isso contigo?
Estarei no seu coração,
Como está você no meu?

Falei de ‘piriguetes’ e ‘lanchinhos’,
Às vezes invejo mulheres assim…
Que levem a vida na brincadeira,
Que não tenham problemas em brincar,
Com os corações alheios,

Queria ser mulher fatal,
Daquelas que conquistam o território,
Para abandoná-lo em seguida,
Creio que seria mais fácil,
Mais leve, menos doloroso…

Muitas vezes odeio quem sou,
Odeio ser COMO sou,
Tão séria,
Sentimental,
Tão….entregue!

Queria poder ser desonesta,
Mentir sem sentir dor
(na consciência),
fazer os homens ‘gatos e sapatos’

Mas não SOU,
E aprendi que é defeso à qualquer um,
Forçar nossas naturezas…

Tenho de aceitar o quê e como sou,
Quando amo, amo por inteiro,
Quero por inteiro,
Sou exclusiva e quero o mesmo…

Como conviver com isso,
Se por toda parte que olho,
Vejo pessoas que não enxergam as outras,
Que só perseguem seus próprios interesses,
Que sói pensam em si mesmas,

Que fazem da paquera um esporte,
Independentemente do dano e dor que possam causar a outrem….

Não faço isso,
Todas as vezes que flertei por tempo constante,
Me apaixonei e sofri…

Não quero mais sofrer,
Não quero mais morrer por dentro
À cada relacionamento frustrado….

Seria você capaz do mesmo?
Não sei….
E odeio ignorar algo!

Se quer todas as outras,
Renuncie a mim;
Se quer a mim,
Renuncie a todas as outras.

Pra mim,
TEM de ser assim…..

:::::::::::::::::

ET: não acredito que muitas pessoas leiam essas coisas que escrevo; jamais fui boa com as palavras, aqui escrevo o que sinto, sendo prolixa, meus sentimentos são confusos, tal qual a portadora do coração.

Sou o que sou; não nego a mim mesma, se até meus sentimentos refletem a confusão de meus sentimentos, tua escolha é aceitar-me como sou, ou abandonar-me; gosto de mim, apesar dos defeitos que carrego em minha ‘cruz’.

Nunca me intitulei ‘poeta’, não esperem muito de mim; escrevo o que sinto, e fim!


Henry & June?

listradinho

Henry Müller não amava Anais Nïn,
Ou amava, mas uma espécie de amor tão-somente carnal;
Não era aquele amor,
Que sói mulheres sonham,
Que sói nós mulheres queremos,
Que só por ele ardemos,
Este, Henry sentia por June….

O amor contemplativo,
O amor emotivo,
O amor sonolento,
Modorrento,

À Anais restavam sobras,
Restava apenas….desejo,
Daqueles que não prescindem de beijos,

Que azar o da Anais,
Que sorte o da June,
Ou seria o inverso…?

Penso que o melhor seria,
Experimentar a soma dos dois:
O amor-emotivo,
O amor-desejo,
Tudo selado com vários beijos,

Vi no blog de duas meninas a imagem do post e me inspirei:
Quero um amor listadinho,
Mas quero também um amor que me dê calor,
Daquele que Maria Moura sentia por Cirino,

Quero um amor-perfeito,
Acho que disso, só terei a flor….
E se EU comprar, bien entendú!

‘Tem problema não….
o perfume dela, ficará em minhas mãos.

A semana

 

strong-winds

Na madrugada de uma segunda,

Meu coração foi despedaçado;

Mordi os lábios para reter a lágrimas,

Foi em vão…

 

Elas vertiam de mim como se fosse uma cachoeira,

Mentiram-me: lágrimas não lavam almas,

Elas são como ácido que corroem o espírito…

 

Sonhei com um herói,

Um homem que pudesse amar,

Com quem sonhava todas as noites 

Com um sorriso nos lábios,

Os mesmos que mordi…

 

Descobri que não eras herói,

Então achei que eras bandido.

No fim, eras apenas um homem,

Com defeitos e qualidades…

 

No alvorecer da terça,

Desembarquei naquele porto,

Tão conhecido, tão estranho,

Lembrando-me do gosto amargo em minha boca,

Da miríade de dúvidas que pululavam minha mente,

Que pesavam em meu peito,

 

No entardecer da quarta,

Após avaliar todas as vitórias e derrotas de minha vida,

Senti-me qual soldado que torna a pátria,

E que descobre-se um paria,

 

Na quinta buscava descobrir,

Até que ponto poderia suportar os defeitos daquele homem,

Até que ponto poderia apostar no amadurecimento d’aquel menino,

 

Na sexta verti novas lágrimas

Pois, malgrado todos os esforços,

O êxito no decidir não chegou…

Continuo solitária neste caminho,

Continuo uma contadora que usa a teoria do utilitarismo,

Para descobrir se vale a pena….

 

Chove lá fora,

Venta e Ana Terra ocupa minha mente,

Posso ver pela janela a luz amarela dos postes iluminando as folhas das árvores

Tão bonito!

 

Enganei a todos,

Fingi que estava bem, maquiei-me, vesti o terninho,

Fui profissional, fui amiga, fui colega de trabalho,

Fui aluna, fui filha, fui madrinha,

O show tem de continuar.

 

Amanhã penso nisso….sábados geralmente são bons.

Jovem bardo: meu amigo

calvin1p

Existem algumas pessoas que sáo únicas; existem algumas pessoas que são realmente especiais. Dentre estas, existe uma que, não obstante estar longe, é um dos melhores amigos que eu tenho. Pensar nele enternece meu coração. Tem ele uma longa caminhada a fazer; neste cenário feio, obscuro e fétido que o mundo tem se tornado; é ele um lufar de perfume que o vento traz; é ele uma flor solitária num jardim de ervas daninhas. Meu querido jovem bardo, eu realmente, adoro vc. Muito obrigada!

Antônimo da razão

 candeeiro.jpg

Quanto o tempo o coração, leva pra saber
Que o sinônimo de amar é sofrer
No aroma de amores pode haver espinhos
É como ter mulheres e milhões e ser sozinho
Na solidão de casa, descansar
O sentido da vida, encontrar
Ninguém pode dizer onde a felicidade está

O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar

Quem revelará o mistério que tenha fé
E quantos segredos traz o coração de uma mulher
Como é triste a tristeza mendigando um sorriso
Um cego procurando a luz na imensidão do paraíso
Quem tem amor na vida, tem sorte
Quem na fraqueza sabe ser bem mais forte

Ninguém sabe dizer onde a felicidade está
O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar

O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar

Sinônimo de amor é amar
Sinônimo de amor é amar

O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônimo de amor é amar

Quem revelará o mistério que tem a fé
E quantos segredos traz o coração de uma mulher
Como é triste a tristeza mendigando um sorriso
Um cego procurando a luz na imensidão do paraíso

O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar
Quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo
Sinônino de amor é amar

by Zé Ramalho – Sinônimos

Cantando (para) a Lua

Lua de São Jorge 

Visitando: Recanto das Palavras 

♫♪♫

Lua bonita, se tu não fosse casada,
preparava uma escada para no céu te buscar,
e se calhasse o meu frio com teu calor,
pedia a Nosso Senhor para contigo casar.

Lua bonita, me causa aborrecimento,
vêr São Jorge num “jumento”,
pisando teu coração,

Por que casastes com um homem tão sisudo,
que come, dorme, faz tudo…dentro do teu coração!? ♪
♫♪♫

by cantiga popular brasileira
(raízes africanas)

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Da série: pensamentos soltos

Aula n.º 01

caneta 

“…Olé, mulé rendeira,
Olé, mulé rendá,
Tu me ensinas fazer renda,
Que eu te ensino a namorá…”

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Ela vai para a aula:
Te dá:   beijos de pingüim,
Usando:  Vestido de carmim,
Exalando: perfume de jasmim

O professor a ensina a:
Comer:  bobagens,
Rir das: futilidades,
Permitir: licensiosidades….

Fim da 1ª Aula!

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Da série: pensamentos soltos.

Cantares

 Sala de música

“… Beije-me ele com os beijos da sua boca;
porque melhor é o seu amor do que o vinho.

Para cheirar são bons os teus ungüentos,
Como ungüento derramado é o teu nome;

Por isso as virgens te amam.
Leva-me tu, corremos após ti.

O rei me introduziu nas suas recâmaras:
em ti nos regozijaremos e nos alegremos;
do teu amor nos lembraremos,
mais do que do vinho: os retos te amam.

Eu sou morena, mas agradável,
ó filhas de Jerusalém,
como as tendas de Quedar,
como as cortinas de Salomão.
 
Eis que és gentil e agradável,
Ó amado meu; o nosso leito é viçoso.

Levou-me à sala do banquete,
E o seu estandarte em mim era o amor….”

by Salomão, o Rei

(que assim seria o mais amado).

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♫ Se te faltam cantares,
Cantarei eu para ti,♪

I
Cantarei cantos de amizade,
Daquelas que nos fazem rir,
Que ofertam o ombro prá chorar,

Daquelas sinceras,
Que te ajudam a levantar,

Aquelas do riso, da alegria,
De passear pelos parques,
De bike…

De tomar sorvete,
De dormir na rede,
Daquelas que fazem
O coração sorrir,

II
Cantarei cântidos
Para ti,

Cânticos de amor sincero,
Cântico doce constante,
Como o encanto de rosa alta
Na haste,

Cântidos de amor de salvação

III
Cantarei cânticos
Só pra ti,
Cânticos de amor de perdição

Mas não cantarei em bares,
em público,
‘inda não cai bem à uma dama,
cantar (para) um cavalheiro
em público,

Cantarei meus cânticos
intra murus
Em cantos reservados,
No teu/no meu quarto,

Onde a pronúncia, clara,
Antecede a renúncia,

Onde a música se faz
Em dueto,
Sonetos noturnos,
Secretos,

Onde a meia-luz
Compõe o cenário,

Onde o figurino
dos protagonistas,
É só a pele..
suores, tremores..

Onde do script faz parte
Sussurros, doces palavras,

A peça contém uma dança,
Um tango, uma valsa…

Onde sói existem dois
Expectadores
* Me and You *

São eles levados pela ópera,
A frenéticos sentimentos,
Que chicoteiam suas almas
Como o galopar constante
De cavalos selvagens

Raios! Relâmpagos! Trovões!

Até chegar o desfecho,
Pacífico…um cálido abraço
de Morpheus

A paz doce da chuva que
abençoa a terra arada.

Desce o pano!
Aplause!

♫ ♪ ♫  

by me

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Da série: devaneios noturnos

Quem não precisa? Pobres somos, todos nós!

Pobres

Navegando em minha ‘tag surfer’ encontrei um precioso texto que me fez lembrar uma experiência pessoal. Por sugestão do autor, escrevo o presente post.

É ele uma resposta ao:

 Eis a resposta:

Passei a sexta-feira toda na folga (é, enforquei o trabalho) na casa de um casal de amigos.

A conversa estava tão boa que quando nos demos conta já era prá lá de meia-noite (estava eu virando abóbora, hehe).

Então fui-me embora.

Moro em Sampa desde que nasci, mas não costumo dirigir por aquelas bandas (uma coisa é você usar o transporte público ou o táxi-sola, outra é você dirigir, quando menos espera: contra-mão!): acabei me perdendo ao subir o viaduto errado!

E, ante ao adiantado da hora, comecei a ficar com medo: mulher sozinha na direção pelo centro de sampa à 01:00 hs (ai, ai).

Não queria parar para pedir informações: o que seria mais inseguro? Um carro andando à esmo ou parado?

Mas não houve outra alternativa, tive de fazê-lo. Lá pelas bandas da Rua Liberdade, por aquelas ruas escuras, tive de parar perto de um ponto de táxi, onde havia um morador de rua.

Parei um pouco longe dele, apesar de tê-lo escolhido para meu pedido de informações.
Surpresa: antes que eu o chamasse, ele se adiantou e perguntou ‘precisa de ajuda?’.

Por óbvio que a resposta foi positiva, ele me ensinou direitinho a chegar à Avenida Radial Leste (tão fácil, que vergonha!).

E – note a ênfase no ‘e’ – não me pediu nada em troca, só um cigarro.

Eu super-sem-graça, perguntei: ‘o senhor precisa de mais alguma coisa?’

Ele respondeu: ‘preciso, mas a senhora não deve ter nada para comer aí, ne?’.

Eu respondi negativamente – não tinha mesmo!

E, enrubescida (vermelha qual pimentão) perguntei: ‘serve dinheiro?’

Ele ficou vermelho, baixou os olhos e disse: ’se não for incômodo!’

Aquilo tudo me deixou tão estranhamente envergonhada, lembrei-me de Cecília Meirelles e de Clarence Seward Darrow:

Cecília escreveu um texto (não me recordo o nome), em que uma mulher abastada ia a uma loja de doces, encontrando uma menina pobre, resolveu dar à ela quantos doces ela quisesse. Finalizou o texto dizendo que a mulher comprava ‘anestésico da consciência’.

Clarence, um advogado estatudinense do início do século XX, reslveu defender uma causa quase perdida, que lhe renderia perda de clientes e muito desafeto. Quando questionado porque o fazia, respondeu: ‘quando um homem passa perto de um pedinte, ele vê aquela situação, volta e dá 5 pence. Provavelmente este homem não pode dispor destes 5 pence, mas o faz para comprar ‘alívio social’.

No meu caso específico, queria ser grata ao homem. Mas gratidão não se paga com dinheiro, não são estas coisas dignas de escambo.
Sentí-me indigna por ter demonstrado minha gratidão desta forma, por ter reduzido minha necessidade de agradecê-lo a uma reles questão monetária.

C’est la vie…..

Mais indigna ainda é que ainda existam humanos reduzidos à tal miséria…mas isso já é outra história.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Pobres daqueles,

            Que julgam-se livres,

            Não obstante acorrentados por toda a parte,

Pobres daqueles,

            Que julgam-se superiores,

            Aos demais animais (inclusive aos demais animais humanos),

            Sem perceber, no entanto,

            Que estamos (todos) no mesmo nível que eles,

Pobres daqueles,

            Que julgam os outros pelas roupas ou condição financeira,

            Que vêem os outros como produtos de supermercado,

            Rotulam-nos, classificam-nos e escolhem-nos,

Pobres de nós,

            Que tendo pouco mais de conforto,

            Achamos que estamos livres da miséria,

            Enquanto que o conceito ‘miséria’

Pode atingir outros aspectos de suas vidas

Pobres de nós,

            Que perdemos a capacidade de ter empatia,

            Que perdemos a simplicidade das coisas,

            Que perdemos a alegria,

            Qual preocupados ficamos em ‘ganhar o dia’.

Pobres = somos todos!!!

Por vivermos neste mar de ignomínia,

Por nos mostrarmos, por vezes, tão

Cegos,

Hipócritas,

Hedonistas,

Insensíveis…

Pobres de nós:, coitados!

 

 

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Da série: fragmentos de minha vida

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