Fardinand ou Canis Majoris?

Quando eu olho para trásTodos os amores que eu vivi

Que à epoca pareciam belos e brilhantes

São agora meros borrões

Estão eles embotados por névoas
São como trapos de roupas
Enquanto você é vestido de gala
Agora que você chegou, Fê
Eles são o Sol de nosso sistema solar,
Mas você
Oh, minha querida…
Você é Canis Majoris

Tudo o que eu ja fiz para honrar o que eu sinto,
Não passa de pó, como nosso passado é
Não passam de arremedos, perto do que meu coração quer fazer

Tal qual Hércules eu quero desviar os cursos de rios,
Para limpar de teu caminho o que te incomodq
Tal qual Prometeus quero desafiar Zeus,
E roubar o fogo sagrado para te dar,
Tal qual Atenas quero te proteger
Como ela fez com Ulisses, de Poseidon

Quanto mais forte minha emoção,
Maior a minha devoção,
Quanto mais forte meu amor,
Mais profunda é a minha emoção

Eu moverei montanhas,
Conquistarei mundos
Eu andarei mil léguas com tua imagem no coração

Babe, compartilha seus sonhos comigo?

Quero te encher as joias mais belas deste planeta

Descobrir a magia do mundo junto contigo

Encontrar a fonte da vida eterna e dela beber

transformar metais em ouro, é isso que quero fazer.

Divide seus sonhos comigo?

Esquisito

Esquisito o modo como nos conhecemos
Esquisito o quão célere me apaixonei
O quão rapidamente identifiquei você como uma parte indelével de minha alma

Esquisito que me doei
Num só dia, por inteiro, com medo, mas também com igual destemor

Despi-me do medo de amar,
Qual lutador vencido perde o medo do ringue

Esquisita foi sua reação
Não química, explosiva ou recíproca como esperava
Você fugiu, me afastou

E seu afastamento abriu em mim ferida.
De medo.
Ah, este medo.

E então quem passou a correr fui eu,
Mas acostumada e com pernas mais fortes, fui mais eficiente;

Doia afastar-me
Mas com dor iu não era preciso
Pois o meu tesouro precioso precisava preservar
Por ter achado que seu afastamento comprovava que não era você a destinatária verdadeira,
Só um lhufar de ilusão

E eu corri.
Usain Bolt perderia fácil desta papa-léguas que me tornei

Então que passou a correr foi você, e para minha surpresa, atrás de mim

E então eu fiquei confusa. O que quer ela de mim, se não quer a mim?

Senti então que corria perigo
Imaginei – te não com doçura,
Mas como uma predadora,
que seu objetivo era despedaçar meu coração… Ou o que sobrou dele.

E para preservar-me corri ainda mais
Mas sentia-me como que a enxugar gelo
Quanto mais eu corria
Mais doía, mais próxima você ficava

E me rendia e voltava
E a cada volta renovava-se a esperança
Para então ser ela novamente esmagada
Para renovar-se novamente
Num loop infinito
De renascimento e morte
E eu renascia para então novamente morrer
E cada vez me sentia mais em suas mãos, sob seu poder

E me revoltava a cada morte
Pois eu era a raposinha de coração cativado
Mas você agia não como o pequeno príncipe, não cuidava do sentimento do cativado

E então eu corria demais
Ora pra te ver
Ora pra te esquecer

Até que há pouco você me atraiu de novo
Pois és para mim como uma luz , e eu, a mariposa
Há sim perigo de nova morte.
E quem vai emendar-me a sorte,
Se não entregar-me, ainda que com medo.
Afinal, como disse Saint-Exupéry
Foi você quem cativou-me
É você a responsável
Eu estou com o coração puro
Num afeto genuíno
Num afeto seguro
Se me magoar-mes,
Doera em mim, qual ferida de morte.
Mas eu estarei ainda pura
Sem sangue ou culpa em mãos

O medo me apavora
Mas ainda que com medo, este que me devora
Estou me doando toda hora
Porque é meu desejo amá-la
Cuida-la
Protegê-la
Desde outrora, como agora
E pelo infinito.
Cuida de meu coração,
Pois você nele habita

Não há nada
Absolutamente nada
De esquisito em você
O que há e docura, beleza, alegria e tambem tristeza
Um universo inteiro
E agorasou eu o pequeno príncipe
Sou eu quem quero pegar o rabo de um cometa
E viajar neste universo
Explorando cada canto
Sesua alma
Deseu corpo
Sorver-te
E absorver-tepor inteiro
Ate que nos tornemos UNA
Preservando nossas integridades,
Liberdades,
Intelectualidades

Com compromisso, com entrega e responsabilidade

Porque e assim que te amo. Sem engano.

Run away with you

Meu amor e tempestuoso como um trovão
Bem o sei
Qual corcel selvagem,
Corre ele nas pradarias,
Qual vela içada que leva o navio para aventuras inesperadas,

Meu amor não é morno,
mais parece um vulcão,
Ele aquece e, confesso, às vezes queima
Mas não se extingue, não vira cinzas,
Não é ancora,
É motor,
Não é calmaria,
Por favor!

Àlguns ele traz temores,
À outros, traz alegrias, e medo de dores,
Porquê quem se acostuma com Aquário
Tem receio de se afogar num oceano

Mas ele não abandona,
Ele não lança ao mar sem boia
Ele está ao lado, se dedica,
Apoia.

Não é como cristal,
Não é fragil,
Ele perdura
Como diamantes forjados
Na pressão geológica de milênios
Ele estará la
Ele atravessa a eternidade

🎶I just wanna run

I just want to run away with you🎶

O diamante

Meu coração tem bravura para as coisas da vida,
Intrépido, correto e audaz, ele é
Mas para coisas do amor,
Ele se faz tímido
No lugar de brados, sussuros
No lugar de espada, flores


No lugar.. Que lugar?

Em todos os recantos do planeta
Da galáxia,
No universo…

Ele viaja em seus pensamentos
como um cometa

Quando ouve teu riso
Quando a luz bate em seus olhos,
Quando enxerga seus cabelos negros,

Ele vibra, pula e bate
Ressoa como uma bateria
Num alucinante show de rock
Mas ouve sua voz
E se acalma como uma doce melodia.

E quando enxega-te frágil
Ele fenece e adoece junto
Quer te proteger

Quando te deixa a porta de sua casa,
Ele murcha como uma flor brutalmente arrancada do jardim
E por medo de sofrer, ele te vê e quer se esconder,
Quer fugir… Quer partir
Pois se ficar de joelhos por ti,
Quem o vai defender?
Ele teme se rasgar ao meio,
Ele teme se dividir

Mas também quando te vê
E como se um raio de sol rasgasse o céu
E afastasse as nuvens
Ele se perde
Ele se encontra
O mundo então passa a fazer sentido

As cores ficam mais brilhantes
Fulgurantes
Porque você é como um diamante
Ao mesmo tempo que linda,
Dura, resistente,
pode cortar como ninguém.
Venha brilhar nos meus sonhos,
Venhs brilhar na minha vida
Venha brilhar a meu lado
Venha brilhar , minha querida.

Deixe o resto do mundo desmoronar

O homem do sótão

sotao

Há algo em meu sótão,

Não identifico o que é,

Mas ouço os ruídos…

Hora penso que são passos,

Hora imagino que são gemidos,

Não sei o que é,

Fico com um pouco de medo,

Serão assaltantes?

Serão fantasmas?

Ou serão apenas ratos?

Há algo em meu sótão,

Não identifico o que é,

Mas ouço os ruídos…

Fico de pé e trêmula, caminho;

Vou chegando perto,

O som estanca, desaparece

O que incomodaria o visitante,

Os meus passos?

São apenas passos,

Apenas caminho….

Vejo de lado meus sapatos;

Meu scarpim vermelho está roído,

Algo me chama a atenção,

Levanto a cabeça…é o ruído,

Os sons do sótão recomeçam…

Os fantasmas do passado me assombram,

Incomodam o presente, atormentam…

Ouço o farfalhar de anáguas, dançando…

Será só minha imaginação,

Ou o sótão é mesmo habitado?

Minhas pernas, bambas, me faltam

A confiança se esvai com o tremular das cortilhas,

Ouço vozes sussurrando…

Será minha imaginação, ou o sótão é mesmo habitado?

Há algo em meu sótão,

Não identifico o que é,

Mas ouço os ruídos…

Mágoas passadas ressurgem,

É o oriente sem especiarias,

E por ter vivido más experiências,

É que temo que se repitam elas no presente,

Já fui enganada, traída,

Feita de boba, magoada,

Meu fardo carreguei até o fim,

Não quero levá-los de novo nas costas…

Mas teus atos me confundem, confesso

E só pensar em novas mágoas, já sofro…

E do passado me lembro da dor,

Que se repetir no presente, não resisto…

Há algo em meu sótão,

Não identifico o que é,

Mas ouço os ruídos…

Estou ainda com medo,

Serão assaltantes?

Serão fantasmas?

Ou serão apenas ratos?

Tu és…


Meu doce italianinho (meu leozinho) me disse:

Você foi a melhor coisa que me aconteceu

Digo eu a ele:
Você é o melhor doce que experimentei,
É como o mel, néctar extraído das flores,

Você é minha pelúcia mais querida,
Que afago, que me aconchega;

Você é meu Dom Quixote,
Sou eu sua Dulcinéia;

Você é meu Zeus,
Sou eu sua Hera;

Sou como Cronos,
Quero te devorar por inteiro;

É você meu Posseidon,
Sou eu a onda que acaricia a terra;

É você meu estandarte,
Sou e a bandeira nele hasteada,

É você a sinfonia,
Sou eu o melhor acorde de instrumento refinado;

É você o pão,
Sou eu a geléia que lhe adoça a existência;

É você o soberano,
Na terra desta rainha,

É você o orvalho noturno,
Sou eu a folha que ao cair, acaricia;

Se as semanas lhe são penosas,
Torno e tornarei o fim delas sempre prazeiroso;

Quero tornar teus dias felizes,
Teus pesos menos insuportáveis,
Tua vida mais feliz,
Teus caminhos mais suaves,

Já estou com saudades…!


Incrível

Você é real?
Pois é tão incrível que você exista,
Que seja assim tão doce,
Que seja assim tão belo,
Que seja assim tão nobre,

Mais inacreditável ainda,
Que teus verdes olhos se voltem para mim…
Surgem os ‘porquês’
Surgem então os ‘como’,
Surgem então os ‘será real’?

Plagio então, o Plácido:

If i should live forever,
And all my dreams come true
My memories of love will be of you, my angel

Deixa prá lá…depois penso nissi

Travo uma luta interior,
E nesta luta, só há um perdedor: eu mesma,

Não quero querer,
Mas quero…

Queria estar perto,
Estou longe…

Quando penso que estou esquecendo,
Descubro que estava me enganando….

Achava que havia transmutado
Certo sentimento que nascia,
Em outro, menos perigoso: amizade,

Descobri que posso fazê-lo,
Mas com isso sinto a decepção de um quase
¿Como poderia ter sido?
…pergunto;

E outra pergunta aflora à mente?
Quantas armadilhas nossos corações são capazes de criar?
Quantos labirintos constroem, sempre com a mesma saída…

Pois então, sigo caminhando,
Continuo transmutando,
Mas não mais me enganando….

Mesmo querendo viver algo,
Mesmo que coloquemos neste querer toda a força de nossos corações,
Isso não significa que viveremos,
Que nossas aspirações serão satisfeitas…

Por hora, só queria não comparar todos os demais à você,
Isso é injusto: todos perdem feio, hehe.

Então vamos,
Somos amigos, sua amizade é preciosa,
Poucas pessoas encontrei com tal lisura de caráter,
Com tantos atributos intelectuais,
Com tamanha bondade…

O Estagirita disse que pessoa virtuosa
Não rompe amizades sem motivo,
E não o faço, não o farei…

Todavia, anoto que ainda permanece,
a desilusão do quase

by me

Os cegos

Os cegos podem ver…

Quem acredita na vida,
mas se perdeu, em pensamentos escuros.

Podia ver ainda o tempo e a áurea azul.

Permitia-se existir e acreditar na vida. Mas de tanto lutar se esqueceu…

Ter os olhos à se acostumar.

Com o escuro e suas surpresas.

Foge do tempo escasso, e para de pensar.

Ainda existe fôlego, está na hora de andar como os cegos…

Pressentem o perigo, e se guiam sem notar… O destino os leva á qualquer lugar.

Quem perdeu o gosto de viver.

Não perdoa, e nem pensa em insistir.

A alma foge da escravidão. Ainda pode trazê-la em seu corpo, coragem de vencer.

Mas se ainda tem medo, eu não sei.

Poderemos derrotar esse mau.

Insistir na natureza.

Atrair os bons e anjos que são fortaleza.

Envolver-se de luz e clareza.

Os caminhos estão nos olhos da Alma.

Até um cego pode ver…

Autora: A.C.Kiss

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Da série: palavras emprestadas

Peterson Cekemp versus Palavras sem sentido

Debatedores:
Fátima, autora do presente blog
Rev.Peterson, do orkuticídio.

Tema: Poemas

Regras do debate:
1) Cada debatedor fornecerá um poema (de sua autoria ou não) na primeira postagem,
2) Os próximos poemas serão postados em forma de comentário.

Debate poético:

Reverendo Peterson:

– Mulheres, de Manuel Bandeira

Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido…
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas…

És linda como uma história da carochinha….
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(no tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau”

Fátima:
– Tristeza do Império – Drummond

Os conselheiros angustiados
Ante o colo ebúrneo
Das donzelas oplentas
Que ao piano abemolavam
‘busco a campina serena para livre suspirar’
esqueciam a guerra do Paraguai,
o enfado de São Cristóvão,
a dor cada vez mais forte dos negros
e sorvendo mecânicos
uma pitada de rapé,
sonhavam a futura libertação dos instintos
e ninhos de amor a serem instalados nos arranhas-céus de Copacabana, com rádio e telefone automático”

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