Quando eu olho para trásTodos os amores que eu vivi
Que à epoca pareciam belos e brilhantes
São agora meros borrões
Estão eles embotados por névoas São como trapos de roupas Enquanto você é vestido de gala Agora que você chegou, Fê Eles são o Sol de nosso sistema solar, Mas você Oh, minha querida… Você é Canis Majoris
Tudo o que eu ja fiz para honrar o que eu sinto, Não passa de pó, como nosso passado é Não passam de arremedos, perto do que meu coração quer fazer
Tal qual Hércules eu quero desviar os cursos de rios, Para limpar de teu caminho o que te incomodq Tal qual Prometeus quero desafiar Zeus, E roubar o fogo sagrado para te dar, Tal qual Atenas quero te proteger Como ela fez com Ulisses, de Poseidon
Quanto mais forte minha emoção, Maior a minha devoção, Quanto mais forte meu amor, Mais profunda é a minha emoção
Eu moverei montanhas, Conquistarei mundos Eu andarei mil léguas com tua imagem no coração
Babe, compartilha seus sonhos comigo?
Quero te encher as joias mais belas deste planeta
Descobrir a magia do mundo junto contigo
Encontrar a fonte da vida eterna e dela beber
transformar metais em ouro, é isso que quero fazer.
Esquisito o modo como nos conhecemos Esquisito o quão célere me apaixonei O quão rapidamente identifiquei você como uma parte indelével de minha alma
Esquisito que me doei Num só dia, por inteiro, com medo, mas também com igual destemor
Despi-me do medo de amar, Qual lutador vencido perde o medo do ringue
Esquisita foi sua reação Não química, explosiva ou recíproca como esperava Você fugiu, me afastou
E seu afastamento abriu em mim ferida. De medo. Ah, este medo.
E então quem passou a correr fui eu, Mas acostumada e com pernas mais fortes, fui mais eficiente;
Doia afastar-me Mas com dor iu não era preciso Pois o meu tesouro precioso precisava preservar Por ter achado que seu afastamento comprovava que não era você a destinatária verdadeira, Só um lhufar de ilusão
E eu corri. Usain Bolt perderia fácil desta papa-léguas que me tornei
Então que passou a correr foi você, e para minha surpresa, atrás de mim
E então eu fiquei confusa. O que quer ela de mim, se não quer a mim?
Senti então que corria perigo Imaginei – te não com doçura, Mas como uma predadora, que seu objetivo era despedaçar meu coração… Ou o que sobrou dele.
E para preservar-me corri ainda mais Mas sentia-me como que a enxugar gelo Quanto mais eu corria Mais doía, mais próxima você ficava
E me rendia e voltava E a cada volta renovava-se a esperança Para então ser ela novamente esmagada Para renovar-se novamente Num loop infinito De renascimento e morte E eu renascia para então novamente morrer E cada vez me sentia mais em suas mãos, sob seu poder
E me revoltava a cada morte Pois eu era a raposinha de coração cativado Mas você agia não como o pequeno príncipe, não cuidava do sentimento do cativado
E então eu corria demais Ora pra te ver Ora pra te esquecer
Até que há pouco você me atraiu de novo Pois és para mim como uma luz , e eu, a mariposa Há sim perigo de nova morte. E quem vai emendar-me a sorte, Se não entregar-me, ainda que com medo. Afinal, como disse Saint-Exupéry Foi você quem cativou-me É você a responsável Eu estou com o coração puro Num afeto genuíno Num afeto seguro Se me magoar-mes, Doera em mim, qual ferida de morte. Mas eu estarei ainda pura Sem sangue ou culpa em mãos
O medo me apavora Mas ainda que com medo, este que me devora Estou me doando toda hora Porque é meu desejo amá-la Cuida-la Protegê-la Desde outrora, como agora E pelo infinito. Cuida de meu coração, Pois você nele habita
Não há nada Absolutamente nada De esquisito em você O que há e docura, beleza, alegria e tambem tristeza Um universo inteiro E agorasou eu o pequeno príncipe Sou eu quem quero pegar o rabo de um cometa E viajar neste universo Explorando cada canto Sesua alma Deseu corpo Sorver-te E absorver-tepor inteiro Ate que nos tornemos UNA Preservando nossas integridades, Liberdades, Intelectualidades
Meu amor e tempestuoso como um trovão Bem o sei Qual corcel selvagem, Corre ele nas pradarias, Qual vela içada que leva o navio para aventuras inesperadas,
Meu amor não é morno, mais parece um vulcão, Ele aquece e, confesso, às vezes queima Mas não se extingue, não vira cinzas, Não é ancora, É motor, Não é calmaria, Por favor!
Àlguns ele traz temores, À outros, traz alegrias, e medo de dores, Porquê quem se acostuma com Aquário Tem receio de se afogar num oceano
Mas ele não abandona, Ele não lança ao mar sem boia Ele está ao lado, se dedica, Apoia.
Não é como cristal, Não é fragil, Ele perdura Como diamantes forjados Na pressão geológica de milênios Ele estará la Ele atravessa a eternidade
Meu coração tem bravura para as coisas da vida, Intrépido, correto e audaz, ele é Mas para coisas do amor, Ele se faz tímido No lugar de brados, sussuros No lugar de espada, flores
No lugar.. Que lugar?
Em todos os recantos do planeta Da galáxia, No universo…
Ele viaja em seus pensamentos como um cometa
Quando ouve teu riso Quando a luz bate em seus olhos, Quando enxerga seus cabelos negros,
Ele vibra, pula e bate Ressoa como uma bateria Num alucinante show de rock Mas ouve sua voz E se acalma como uma doce melodia.
E quando enxega-te frágil Ele fenece e adoece junto Quer te proteger
Quando te deixa a porta de sua casa, Ele murcha como uma flor brutalmente arrancada do jardim E por medo de sofrer, ele te vê e quer se esconder, Quer fugir… Quer partir Pois se ficar de joelhos por ti, Quem o vai defender? Ele teme se rasgar ao meio, Ele teme se dividir
Mas também quando te vê E como se um raio de sol rasgasse o céu E afastasse as nuvens Ele se perde Ele se encontra O mundo então passa a fazer sentido
As cores ficam mais brilhantes Fulgurantes Porque você é como um diamante Ao mesmo tempo que linda, Dura, resistente, pode cortar como ninguém. Venha brilhar nos meus sonhos, Venhs brilhar na minha vida Venha brilhar a meu lado Venha brilhar , minha querida.
Travo uma luta interior,
E nesta luta, só há um perdedor: eu mesma,
Não quero querer,
Mas quero…
Queria estar perto,
Estou longe…
Quando penso que estou esquecendo,
Descubro que estava me enganando….
Achava que havia transmutado
Certo sentimento que nascia,
Em outro, menos perigoso: amizade,
Descobri que posso fazê-lo,
Mas com isso sinto a decepção de um quase
¿Como poderia ter sido?
…pergunto;
E outra pergunta aflora à mente?
Quantas armadilhas nossos corações são capazes de criar?
Quantos labirintos constroem, sempre com a mesma saída…
Pois então, sigo caminhando,
Continuo transmutando,
Mas não mais me enganando….
Mesmo querendo viver algo,
Mesmo que coloquemos neste querer toda a força de nossos corações,
Isso não significa que viveremos,
Que nossas aspirações serão satisfeitas…
Por hora, só queria não comparar todos os demais à você,
Isso é injusto: todos perdem feio, hehe.
Então vamos,
Somos amigos, sua amizade é preciosa,
Poucas pessoas encontrei com tal lisura de caráter,
Com tantos atributos intelectuais,
Com tamanha bondade…
O Estagirita disse que pessoa virtuosa
Não rompe amizades sem motivo,
E não o faço, não o farei…
Debatedores:
Fátima, autora do presente blog
Rev.Peterson, do orkuticídio.
Tema: Poemas
Regras do debate:
1) Cada debatedor fornecerá um poema (de sua autoria ou não) na primeira postagem,
2) Os próximos poemas serão postados em forma de comentário.
Debate poético:
Reverendo Peterson:
– Mulheres, de Manuel Bandeira
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido…
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.
Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas…
És linda como uma história da carochinha….
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(no tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau”
Fátima:
– Tristeza do Império – Drummond
Os conselheiros angustiados
Ante o colo ebúrneo
Das donzelas oplentas
Que ao piano abemolavam
‘busco a campina serena para livre suspirar’
esqueciam a guerra do Paraguai,
o enfado de São Cristóvão,
a dor cada vez mais forte dos negros
e sorvendo mecânicos
uma pitada de rapé,
sonhavam a futura libertação dos instintos
e ninhos de amor a serem instalados nos arranhas-céus de Copacabana, com rádio e telefone automático”