contava aquelas sardas,
e aquelas sardas me contavam:
pertenço a um rosto-menino;
e aquele menino tem um rosto;
um rosto que olho perscuto, com verdadeiro gosto,
perdia a conta das sardas,
e passava a contá-las de novo,
perdia-me naquelas sardas,
perdia-me naquele rosto,
10 centavos de beijos, você diz…
1 bilhão de dólares em carinhos, digo eu!
Se pudesse reunir toda a riqueza do mundo
em minhas pequenas mãos,
Não entesouraria para mim,
Dá-la-ia a você!
Todos os feriados,
Finais-de-semana,
Dias santos,
Ou não tão santos assim…
Não são suficientes para sanar
A falta que sua presença me faz durante a semana,
Todos os telefonemas,
Scraps, torpedos & afins,
Não bastam para substituir o que tua presença
Ocasiona em mim!
Sinto seu cheiro por toda minha casa,
Sinto-o ainda em mim…
E quando me dizes que sente o mesmo,
Com poucas palavras e mais atos,
Digo que fico ‘fora de mim’….
Conto nos dedos os dias,
Minutos, segundos, milésimos….
Transformei-me numa ampulheta,
Cuja noção de tempo-espaço está ligada a ti
Me chamas de ‘amor’,
Eu, reticente, não retribuía,
Cética que sou, duvidava…
Mas a dúvida virou certeza,
Agora repito seu nome aos ventos,
Converso com flores,
(só não abraço árvores pq isso seria demais, né? Haha!)
…o romantismo, novamente, aflorou em mim….
O que faço contigo, meu italiano,
Cujo nome termina em ‘cy’?
Alias, o que faço comigo,
Assim tão apaixonada por de ti!
Mas a espera, dura…
É recompensadora.
Então espero, é claro que espero!
….agora durma!
Bom descanso, te vejo você amanhã!
Caro leitor, se você espera uma notícia jurídica, com aqueles pífios excelentes comentários; ou uma análise de um livro qualquer, melhor parar por aqui. Esta postagem é pessoal…..
Estava lendo o livro ‘Vícios não são crimes’, de Lysander Spooner e não pude deixar de pensar em alguns aspectos de minha vida, repensando o que, na verdade, para mim e para as outras pessoas, são os ‘valores’?
Semestre passado liderei um grupo de estudos (cuja freqüência dos alunos valia como curso extracurricular para composição das horas obrigatórias de atividades complementares, enquanto para mim valia atividade de ‘monitoria’, relativo à estágio obrigatório). Por conta de uma confusão acadêmica, os comprovantes de freqüência não foram entregues nos períodos determinados.
Isso causou aos alunos o inconveniente de terem de se rematricularem na disciplina (atividades complementares) e, apresentarem ditos comprovantes. O incômodo parava por aí: inocorreram quaisquer prejuízos financeiros ou afins. Continue lendo >>>
Eu, ainda menina, levava os garotos da vizinhança para uma casa abandonada na minha rua. Eu era a professora e hoje, com muito orgulho, devo admitir que muitos experimentaram sexo pela primeira vez com essa aqui, que vos narra. Mas Raphael – por que com ph não sei. Parece alfabeto dos meus tempos. O Raphael era muito bonito e suas sungas…
E eu ficava sempre a olhar.
Apesar de ter 69 (sem piadinhas, por favor! Respeitem minhas rugas), o tempo me foi condescendente e, o amigo do Pitangui deu uma ajudazinha (meu bolso que o diga!), de forma que, mesmo velha, na gíria de hoje ‘ainda dou um caldo’.
Não que eu arrisque andar pelas praias de fio-dental (tenho ainda ‘sitocômetro’), mas um maiô preto-básico me cai bem.
Rafaelzito (ah, menino!) sempre passeia por Ipanema, de forma que resolvi ‘aquelas bandas assuntar’. As moçoilas de hoje em dia são muito tolas! Homens se conquistam pela cabeça (não propriamente a que enfeita os ombros) e pelo paladar!
Sabendo isso (a idade traz, ao menos, experiência), fui antes ao mercado e abasteci-me do melhor, para preparar o melhor da culinária rápida. Rapazes fortes precisam se alimentar 😉
Preparei, acondicionei e levei comigo para a praia. Sentei-me perto do quiosque, embaixo de um guarda-sol gigantesco.
Quando vi o rapazote passando, fingi-me desconhecê-lo, até que a educação do moço (aliada à fome que sentia), tal qual uma queda de braço, venceu-o e ele me cumprimentou:
– Olá, dona fulana…..
Inteligentemente, respondi, toda educada:
– Olá…dispenso o ‘dona’…quer se sentar?
E ele agradeceu. Claaaro que ofereci o alimento suculento, tencionando que ele desejasse, mais tarde, alimentar-se de outro modo:
– Quer um lanchinho, querido?
Ele, faminto, aceitou:
– Noooosssa! É o melhor lanche que comi em minha vida!
– Ah, isso não é nada, bondade sua!
[como sou dissimulada – até mesmo eu me surpreendi com a ‘jogada’ ?!?!?!]
Conversa vai, conversa vem…fingi profundo interesse com o esporte que ele praticava (surfe….coisa chata!) e ele se surpreendeu com a clareza e interesse que minhas palavras revelavam.
A tarde caiu, ele foi ao mar. Aproveitei e deitei-me de bruços, pois a paixão nacional ainda é a bunda! (salvo grande engano).
Quando voltou, percebi uma olhada de esguela, mas fingi-me de morta (tal qual o abutre, que quer alimentar-se do coveiro).
A noite estava chegando, quando nos despedimos (ah, não reclame! Claro que não foi de primeira! Todo projeto demanda tempo para ser consumado)
No próximo final de semana, repeti a dose. Repeti o interesse, repeti o jogo de sedução.
Aos poucos os olhares ávidos se tornaram mais constantes. E eu com olhar distante, fingindo nada perceber.
– Olha, a senhora me desculpe, mas a senhora ta bem bonitona!
– Imagine, mocinho…..deixe o ‘senhora para lá’. [hahahahahahaha]
No próximo final de semana, novo ataque. Minha vontade de ferro venceria a pouca tenacidade adolescente.
Então pedi ao menino Rafael (um anjo!) que passasse bronzeador nas minhas costas. Ao que ele atendeu (bom moço!). Ofereci-me para fazer o mesmo, alegando que surfistas, por estarem expostos ao sol, precisavam de maior proteção. Ele aceitou e eu aproveitei!
Dois meses se passaram, neste ‘passa-passa’, até que minhas mãos tornaram-se mais ousadas (juro que contra minha vontade!). E, hora tocavam de leve, hora tocavam forte….deixando transparecer como seriam os demais toques.
O corpo jovem, ávido…não demorou a responder (senti-me tão lisonjeada, que fiquei enrubescida). Mas…vou até o fim nesta parada!
Então começamos a nos encontrar mais cedo, para ele poder me ajudar com o cesto de lanches: nos encontrávamos no elevador, até que um dia, ele estava lotado.
Ele me ‘se encaixou’, dando-me uma ‘encoxada’, e eu empinei o que ainda restava das elevações do glúteo. E ele gostou.
Fomos à praia, mais ‘passa-passa’, mais elogios à minha formosura (me engana, que eu gosto!).
Fim de praia, chegamos a uma construção. Fingi que ouvia um barulho e disse que era melhor que investigássemos (alguém poderia precisar de socorro)….
[Dai, minha querida, conceder-me-ia a honra de – com seu talento – continuar a estória?]
Por muito, muito tempo,
Perdi amores, perdi sabores,
Por medo do desconhecido,
Por medo de razões ocultas,
Por medo de valores ímpios.
Por muito, muito tempo,
Procurei nos acordes duma guitarra,
Uma canção frenética,
De paixão indelével,
De amor fugaz.
Por muito, muito tempo,
Tive medo de amar realmente,
Aquele amor cálido e plácido,
Complacente…
Aquele amor de quem ama, simplesmente,
Sem necessidade de aventuras e explosões efêmeras.
Por muito, muito tempo,
Dancei ‘rock a billy’
Chacoalhando o corpo,
Chacoalhando a mente,
Sem perceber que mentia,
Que escondia de mim mesma,
O medo de não ser correspondida,
De não ser querida…de ser só amiga.
Imaginava eu,
Que a amizade excluía de vez o amor,
Como se fossem água e óleo,
Enquanto que, na verdade,
O amor é sempre amigo,
Que ele (o amor) só se estabelece entre pessoas
Que se conhecem ‘há anos’,
Que, juntas, fazem ‘planos’…
Mesmo que sejam planos sobre o próximo fim-de-semana
Ou a próxima pizza….
Não sabia (euzinha, euzinha mesma!)
Que o amor não exclui o prazer da paixão a dois,
Mas que ele não é como o desespero da fome de ‘chocolate’,
Mas cálido como o sabor do almoço de domingo….
Desconhecia (euzinha, euzinha)
Que o amor da rotina,
Faz com que queiramos conquistar
Ontem, hoje, a cada dia…
Buscando novas formas de surpreender,
De trazer o brilho no olhar!
Hoje eu conheço
Ou amanhã conhecerei… [quem sabe o que me reservam os quartos cujas portas tenciono abrir?]
Que o amor real é como uma semente,
Que se planta,
Que se rega,
Que se vê brotar,
Que, quando já crescida
(semente transformada em muda)
Se transporta para vaso definitivo,
Ou para o jardim…que se irá apreciar?
Que tal pequena planta,
Com os cuidados necessários,
Transformar-se-á num belo espécime
Que dará as flores tão desejadas!
Que a orquestra toque,
Que a guitarra soe!
[e que os anjos digam amém!]